Sentar de olhos fechados, prestando atenção apenas na nossa respiração, num lugar silencioso, de preferência rodeado pela natureza: não é assim que imaginamos a meditação? Em contrapartida, a ideia de meditar em um cenário ou situação tipicamente urbana, como caminhando na rua, em uma fila de banco, ponto de ônibus ou metrô, sem acesso a qualquer área verde é impensável. Impensável porque parece impraticável, certo?
Errado. Mestres como Monja Coen afirmam que cidades como a de São Paulo são lugares ideais, porque os barulhos testam e mostram a capacidade de concentração e de paciência de uma pessoa, e ensinam que tudo é transitório. Além disso, achar que meditação é só para lugares isolados faz as pessoas pensarem que precisam viajar a lugares distantes, e assim não praticam no dia a dia, que é quando mais se faz necessário.
Então, vamos ver algumas práticas de meditação possíveis de serem realizadas todos os dias. Confira!
Ingredientes
Outro mito comum sobre a meditação é que são necessários muitos acessórios para se atingir o estado de plenitude pretendido. Nada é, ou deveria ser, obrigatório. São apenas sugestões para que as pessoas fiquem confortáveis, e assim consigam entrar mais facilmente num estado relaxado e aberto.
Alguns dos melhores exemplos são: o uso de uma almofada ou tapete, para sentar ou deitar em cima (e que pode ser importante se a prática acontecer na grama, por causa de formigas), e o uso de roupas confortáveis, isto é, calça e camisa folgadas, para facilitar os exercícios. Estes dois podem ser considerados o máximo essencial de qualquer prática, e têm a grande vantagem de poderem ser levados para qualquer lugar.
Mas, claro, há pessoas e locais especializados que optam por incrementos como CDs com mantras ou músicas com barulho de água, incensos ou velas aromatizadas, tatame etc.
Modos de fazer
É certo que meditação e yoga estão divididas em diferentes escolas, que dão valor a diferentes aspectos e podem até divergir entre si em alguns detalhes. Mas, comprovadamente, um dos métodos mais simples para se começar a meditar é prestar atenção na respiração, e aqui também há diferentes técnicas:
Apenas inspire e expire, tomando consciência do ar que entra e sai de dentro de você. Ao inspirar, encha a barriga, e ao expirar, encolha-a o máximo que puder. Você pode, ainda, imaginar que ao inspirar está se alimentando de bons sentimentos, e ao expirar, está mandando embora os ruins.
Inspire e expire como explicado acima, mas não tente proibir os pensamentos: quando algum vier, tome consciência dele, sem julgá-lo, mas volte a se concentrar na respiração, deixando-o ir.
Inspire seis vezes, aguarde três segundos e depois solte, também em seis. Faça de dez a vinte vezes, ou pelo menos até se sentir relaxado.
Inspire e expire rapidamente umas vinte vezes, imitando a respiração do cachorrinho. Aguarde três minutos e repita a sequência.
Algumas destas práticas podem ser feitas em apenas um minuto, permitindo, assim, serem encaixadas numa rotina apertada, ou estarem acessíveis a qualquer momento. O objetivo de cada uma delas é o mesmo: treinar a mente para se concentrar no aqui e agora.
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